quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Servidores da Educação recebem orientações sobre gripe A

Em Quissamã, funcionários de todas as escolas municipais estão recebendo capacitação para recepcionar os alunos na volta às aulas. Em função da ameaça mundial da Gripe A, professores, pedagogos, serventes e merendeiras se reuniram, nesta segunda e terça-feira (03 e 04/08), no auditório da Prefeitura, para receberem orientações da Vigilância Sanitária. Nesta na quinta-feira (06/08), os motoristas e fiscais do transporte escolar serão preparados para a prevenção ao vírus.
Embora não haja casos da gripe na cidade, os educadores receberam orientações sobre medidas de precaução, fatores de riscos e uma breve apresentação sobre o que é o vírus da gripe H1N1, conduta e tratamento. Na ocasião foi distribuído folheto explicativo com telefones da Vigilância Sanitária (2768-2209) e Vigilância Epidemiológica (2768-1809) do município.
Na ocasião, a coordenadora da Vigilância Sanitária, Karina Sardemberg, ressaltou os subtipos de gripe que assolaram a sociedade ao longo da história. Ela afirmou que a influenza A era prevista para acontecer primeiramente na Ásia, e não no México, como de fato ocorreu. “Estamos passando por algo previsível, não foi algo que nos surpreendeu. O que não se esperava é ser um vírus tão diferente dos outros”, destacou.
Além das dúvidas sanadas, foram recomendados cuidados como manter janelas das salas abertas e locais arejados, utilizar lenço de papel para cobrir a boca e nariz ao tossir, e lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool em gel. Outros procedimentos aconselhados são evitar compartilhar alimentos, talheres e copos, limpar superfície de uso comum, como telefone e bancadas, e higienizar os laboratórios de informática das escolas a cada aula. “É bom que possamos estar por dentro dessa nova gripe. Além de prevenir na escola, podemos também explicar às crianças para que elas repassem as informações aos pais”, afirmou a professora do ensino fundamental, Zuléa Oliveira.
Com a continuação do período letivo, o município trabalhará no projeto pedagógico o tema “Cuidando da Saúde”, com ênfase na gripe A. Com o retorno às aulas adiado para 10 de agosto, a Secretaria Municipal de Educação também ganha tempo hábil para providenciar material de logística que dificulte possível transmissão da gripe. “Esse adiamento foi necessário para que pudéssemos preparar as pessoas para a prevenção. Vamos cumprir todas as recomendações”, afirmou o secretário Arnaldo Mattoso.
Em função das mudanças no calendário, outros eventos também tiveram suas datas alteradas. O Pró-Letramento, que seria realizado nesta terça-feira (04/08), foi transferido para o dia 18 de agosto. O Sistema Municipal de Avaliação, previsto inicialmente para os dias 5, 6 e 7 de agosto foram adiados para o final do mês. A reunião de diretores vai acontecer nos próximos dias 6, 7 e 8 de agosto. Já a alfabetização bilíngüe foi mantida para esta quarta-feira (05/08).
Esta matéria se encontra no site: www.quissama.rj.gov.br

INFLUENZA A

Histórico da influenza

Clinicamente, a doença inicia-se com a instalação abrupta de febre alta, em geral acima de 38oC, seguida de mialgia, dor de garganta, prostração, dor de cabeça e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Com a sua progressão, os sintomas respiratórios tornam-se mais evidentes e mantém-se em geral por três a quatro dias após o desaparecimento da febre.
Os vírus influenza são compostos de RNA de hélice única, da família dos Ortomixovírus e subdividem-se em três tipos: A, B e C, de acordo com sua diversidade antigênica. Os vírus podem sofrer mutações (transformações em sua estrutura). Os tipos A e B causam maior morbidade (doença) e mortalidade (mortes) que o tipo C. Geralmente as epidemias e pandemias (epidemia em vários países) estão associadas ao vírus influenza A. As principais características do processo de transmissão da influenza são: alta transmissibilidade, principalmente em relação à influenza A; maior gravidade entre os idosos, as crianças, os imunodeprimidos, os cardiopatas e os pneumopatas; rápida variação antigênica do vírus influenza A, o que favorece a rápida reposição do estoque de susceptíveis na população; apresenta-se como zoonose entre aves selvagens e domésticas, suínos, focas e eqüinos que, desse modo, também constituem-se em reservatórios dos vírus. Outras informações podem ser encontradas no Guia de Vigilância Epidemiológica da Influenza/Ministério da Saúde.
Os sintomas da Gripe, muitas vezes, se assemelham aos do resfriado. Resfriado: caracteriza-se pela presença de sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, como congestão nasal, rinorréia, tosse, rouquidão, febre variável, e menso frequentemente mal-estar, mialgia, cefaléia. O quadro geralmente é brando, de evolução benigna (2 a 4 dias), mas podem ocorrer complicações como otites, sinusites e bronquites, e quadros graves , de acordo com o agente etiológico em questão. Tem como principal agente causal os Rhinovírus (mais de 100 sorotipos), embora também seja comumente causado pelo vírus Parainfluenza, Coronavírus, Vírus Sincicial Respiratório, Adenovírus, Enterovírus.
Há ainda outros agentes infecciosos, que podem causas sintomas respiratórios que simulam o quadro de resfriado, como Clamydia pneumoniae e Mycoplasma pneumoniae, Streptococcus sp. E agravos não infecciosos: uma série de condições apresentam os principais sintomas de resfriado (tosse, congestão nasal, rinorréia, rouquidão e dor de garganta), a saber: a rinite alérgica (mais comum); a polipose nasal, a rinite atrófica, as alterações do septo nasal e a presença de corpo estranho em cavidade nasal.
As primeiras suspeitas de infecção pelo vírus Influenza ocorreram por volta do século V a.C. por Hipócrates, conhecido como pai da medicina, que relatou casos de uma doença respiratória que em algumas semanas matou muitas pessoas e depois desapareceu.
A primeira epidemia de gripe ocorreu em 1889 e 300 mil pessoas morreram, principalmente idosos, em decorrência de complicações, como pneumonia bacteriana secundária. Em 1918, a epidemia conhecida como Gripe Espanhola acometeu cerca de 50% da população mundial e vitimou mais de 40 milhões de pessoas. No Brasil, cerca de 65% da população foi infectada e por volta de 35.240 pessoas morreram.
A gripe asiática, em 1957, se espalhou pelo mundo em seis meses e matou cerca de um milhão de pessoas. A gripe de Hong Kong, em 1968, são as mais recentes e de maior repercussão epidemias relatadas, juntamente com a gripe aviária. Em 2003, um surto da gripe aviária na Ásia levou as autoridades a ordenarem o sacrifício de dezenas de milhões de aves de criação. De lá pra cá a doença atingiu 121 pessoas e matou 62 naquele continente.

Fonte de pesquisa: Ministerio da Saúde - http://portal.saude.gov.br

Em caso de dúvida:

Vigilância Sanitária : 2768-2209

Vigilância Epidemiológica: 2768-1809

Disque Saúde: : 0800-61-1997

Escola Ignácio Hugo de Souza

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